Infecção respiratória pode ser gatilho para problemas no coração

As infecções respiratórias são comuns no inverno, mas é preciso cuidar, pois elas podem ser um gatilho para problemas no coração, como explica o cardiologista e consulto Roberto Kalil .

O pneumologista Daniel Deheinzelin falou das ameaças da asma. No Brasil, três pessoas morrem, por dia, por causa de complicações da doença.

O risco de ataque cardíaco é 17 vezes maior após infecções respiratórias como bronquite, gripe e pneumonia, de acordo com um estudo da Universidade de Sydney. Quando a infecção é das vias áreas superiores (resfriado, rinite e sinusite), o risco diminui para 13 vezes.

O pneumologista explica que quando temos uma infecção respiratória, o corpo todo fica inflamado e aumenta a chance de lesão no coração. Outra possibilidade é que, se o pulmão está doente, ele não consegue absorver o sangue como deveria e causa uma sobrecarga no coração.

De acordo com Kalil, o número de infartos e AVC aumenta em 30% e 20%, respectivamente durante o inverno. Isso ocorre porque o organismo, com o objetivo de elevar a temperatura interna, contrai os vasos sanguíneos que irrigam a pele e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue.

É importante que grupos mais frágeis, como os idosos, hipertensos, diabéticos, obesos, fumantes e sedentários, redobrem o cuidado no inverno e evitem exposição prolongada ao frio, ambientes fechados e às mudanças bruscas de temperatura. Também é importante manter-se hidratado.

Asma

A asma é uma doença inflamatória que se caracteriza por um espasmo da musculatura dos brônquios. Eles se ‘fecham’ e há um estreitamento das vias respiratórias, causando muita falta de ar e desconforto para respirar.

O tratamento da asma não deve ser feito só durante as crises. O correto é usar o remédio de prevenção da asma para que as crises não aconteçam. Quando a crise aparece, há duas formas de aliviar os sintomas: usando broncodilatadores ou nebulização/inalação. Para prevenção, o ideal é usar as bombinhas de asma com corticoide. Os broncodilatadores dilatam os brônquios, mas a inflamação permanece. Já o corticoide vai até o interior dos brônquios, age neles e destrói a inflamação.

Com G1