Polícia Civil já ouviu 12 pessoas intimadas a depor em investigação da Operação Cartola

O delegado Lucas Sá da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa confirmou  neste sábado (14) que já foram ouvidas 12 pessoas, intimadas a prestar depoimento em decorrência das investigações da Operação Cartola.

Um total de trinta intimados, entre investigados e testemunhas, devem ser ouvidos na próxima semana.

Sigilo

A Federação Paraibana de Futebol (FPF) solicitou a quebra do sigilo que protege os autos da Operação Cartola na última quinta-feira (12).

Lucas Sá garantiu que a Justiça determinou o sigilo para que o vazamento de informações não prejudicasse o andamento da operação que investiga a formação de uma organização que manipulou resultados no futebol profissional paraibano.

Descontente com as suposições geradas com as informações passadas pelo delegado Lucas Sá sobre a investigação, a FPF através de seus advogados solicitou a quebra dos sigilos dos autos. Na opinião da defesa da entidade, o sigilo impede que a FPF comprove o não envolvimento na suposta organização.

Procurado pela equipe de reportagem, o delegado Lucas Sá defendeu o direito da Federação pela defesa, mas ressaltou que o sigilo é mantido para garantir o êxito da operação.

“A defesa da entidade está no total direito de fazer a solicitação, mas a Justiça determinou o total sigilo. Eu não posso divulgar os detalhes nesse momento. Mas toda a sociedade irá obter os detalhes no momento oportuno. Quando a justiça autorizar. Não é uma decisão minha enquanto delegado de decretar ou não o sigilo. A minha função é investigar fatos, de maneira técnica e profissional e levá-los ao conhecimento do MP e da justiça criminal”, ressaltou o delegado.

No entanto, a peça encaminhada para a 4ª Vara Criminal, tece duras críticas a postura do delegado Lucas Sá que manteve contato com a imprensa para elucidar dúvidas sobre o caso. A defesa da FPF entende que este contato acaba gerando suposições que ferem a imagem da entidade. Já o delegado garante que seu único interesse é o de elucidar os fatos.

“Nosso interesse maior é a apuração dos fatos. Que os envolvidos sejam responsabilizados. Que os investigados sejam exemplarmente punidos. Exatamente por isso ( eficiência da investigação) é que o sigilo foi decretado. Eventuais questionamentos sobre o sigilo deverão ser direcionados para a justiça (não para o Delegado). Nossa função é investigar. E estamos dedicados nisso há 06 meses e em tempo integral”, afirmou o delegado Lucas Sá.

A operação, que foi deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público na última segunda-feira, investiga a Federação Paraibana de Futebol (FPF), o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB), a Comissão Estadual de Arbitragem do Futebol da Paraíba (Ceaf-PB), clubes paraibanos e seus respectivos dirigentes em uma suposta organização que manipula resultados no futebol profissional desde 2011.

Fonte: ClickPB