A Secretaria de Estado da Saúde realizou, na manhã desta quinta-feira (5), no auditório do Centro Formador de Recursos Humanos da Paraíba (Cefor-RH), uma reunião com os 29 municípios prioritários para as Infecções Sexualmente Transmissíveis – HIV/Aids e Hepatites Virais. A reunião, que acontece anualmente, teve como objetivo debater sobre a questão do acompanhamento e monitoramento das ISTs/Aids e Hepatites Virais, como também sobre a coinfecção Tuberculose-HIV. Além de representantes da SES-PB e da Atenção Básica dos municípios prioritários, participaram da atividade Isadora Almeida, representante do “Saúde nos Presídios” e Valdomiro Granjeiro, do Fórum ONG/Aids.
Durante toda manhã foram abordados vários temas relacionados às ISTs, como Avanços e Desafios do HIV/Aids na Paraíba; Implementação da penicilina na Atenção Básica e Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas das ISTs; Insumos de diagnóstico e prevenção; Hepatites Virais – Avanços e desafios na Paraíba; IST/HIV/Aids e os presídios da Paraíba; Ações prioritárias para o controle da coinfecção Tuberculose-HIV; Profilaxia Pós-Exposição (Pep) e Profilaxia Pré-Exposição (Prep) na Paraíba e o direito ao tratamento integral das pessoas vivendo com HIV/Aids.
A gerente estadual de IST/Aids e Hepatites Virais, Ivoneide Lucena, lembrou que os 29 municípios prioritários recebem recursos mensalmente do Ministério da Saúde e que o maior objetivo do Governo do Estado é fortalecer as ações de diagnóstico precoce, prevenção e tratamento. “Queremos, principalmente, que estes municípios construam e coloquem em seus Planos Municipais de Saúde ações voltadas ao diagnóstico precoce das ISTs, do HIV e das Hepatites B e C. A série histórica nos mostra que a população jovem, entre 15 a 39 anos, vem adquirindo HIV. Isso significa que precisamos focar em ações voltadas para esse público, como a entrega de preservativos, testagem de HIV, Sífilis e Hepatites, além de atuar com pessoas com Tuberculose, pois só em 2017 na Paraíba a coinfecção tuberculose-HIV levou 138 pessoas a óbito”, explicou.
Ivoneide disse também que o papel do Governo do Estado é qualificar, informar, monitorar e ser parceiro desses municípios, pois é nos serviços de territórios da Atenção Primária que se faz possível barrar as ISTs. Ela lembrou também a importância desta atuação dentro de presídios. “É de extrema importância que possamos ampliar essa discussão até os presídios, territórios nos quais podemos encontrar tanto a tuberculose, quanto a sífilis e o HIV. Devo lembrar que, acima de tudo, é a gestão municipal que deve fazer esse olhar para aquelas doenças. São 35 anos do HIV e no Brasil e ele ainda mata muito. Além do HIV, a sífilis e as hepatites são doenças que podem ser prevenidas, e enquanto gestão precisamos ter esse olhar, para que junto aos municípios possamos evitar novos casos e tratar adequadamente os que já existem”, concluiu.
Fonte: Secom-PB