Começa nesta sexta-feira (23) a vacinação contra o Sarampo para crianças de 6 a 11 meses em toda a Paraíba. A Tríplice Viral faz parte do calendário permanente de vacinação, protege contra Sarampo, Rubéola e Caxumba e está disponível em todas as Unidades de Saúde para a população de 1 a 49 anos. A “Dose Zero” é uma estratégia imediata para barrar a transmissão do vírus do Sarampo que foi reintroduzido no país em 2019.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, até 10 de agosto, 11 estados apresentam transmissão ativa de casos de Sarampo, representando mais de 1600 casos confirmados. O estado de São Paulo é o mais atingido. O secretário de Estado da Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros, explica que “até o momento, a Paraíba não apresentou casos confirmados da doença porém, com a proximidade de Pernambuco, estado que já confirmou quatro casos e investiga um óbito por Sarampo, é preciso estar atento e atualizarmos as cadernetas de vacinação. A vacina é a única forma de prevenção da doença que é altamente contagiosa”, esclarece.
O secretário afirma que a Paraíba ainda não recebeu as doses extras encaminhadas pelo Ministério da Saúde, de toda forma, “Os municípios estão abastecidos da vacina tríplice viral”. Em 2019, só o município de João Pessoa recebeu sete vezes mais do quantitativo de doses necessárias para garantir a cobertura vacinal de crianças de 12 e 15 meses. A terceira gerência, região de Campina Grande, durante o ano de 2019, recebeu mais que dobro de vacinas necessárias para a cobertura da população.
A coordenadora Estadual de Imunizações, Isiane Queiroga, explica que “para garantir uma homogeneidade satisfatória seria necessário ter, pelo menos, 70% dos municípios com cobertura de 95%. A Paraíba atingiu 51%, ou seja, dos 223 municípios, 115 atingiram a meta de vacinar 95% das crianças de um ano contra Sarampo, Rubéola e Caxumba”.
Em comunicado enviado aos municípios, a Secretaria Estadual de Saúde orientou sobre as ações estratégicas que devem ser cumpridas para prevenir o sarampo: Intensificação da vacinação em pessoas de 12 meses até 49 anos de acordo com situação vacinal; vacinar todas as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias com dose “ zero”; ação de bloqueio vacinal até 72 horas após a identificação de caso suspeito.
O comunicado também orienta que todos os municípios, inclusive os que apresentam boas coberturas vacinais, devem fazer a busca ativa das crianças menores de cinco anos para verificar se as carteiras de vacinação estão atualizadas, e pedir caderneta dos profissionais de saúde para análise da situação vacinal. “É importante que as pessoas guardem suas cadernetas de vacinação para saber se já foram vacinadas. Quem já tomou a tríplice viral não precisa tomar novamente, já está imunizado”, alertou Isiane.
Nos centros com grandes fluxos de turistas, como João Pessoa e Campina Grande, a SES orienta que as secretarias municipais de Saúde façam orientação prévia com os profissionais que atuam em portos, aeroportos, rodoviárias, e rede hoteleira para avaliar a caderneta e se necessário for atualizar esquema com a Tríplice Viral.