Monteiro lidera número de casos de HIV/AIDS no Cariri e outras 11 cidades da região registram novos casos

A cidade de Monteiro, localizada na região do Cariri Paraibano, lidera o número de casos registrados entre 2023/2024, de pacientes diagnosticados com o vírus HIV que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças e provoca a AIDS.

Além de Monteiro, há novos registros de casos nas cidades de Boa Vista, Camalaú, Caraúbas, Congo, Livramento, Prata, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca e Sumé.

Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que divulgou, na última sexta-feira (29), o novo Boletim Epidemiológico HIV/Aids, com o balanço de casos confirmados para os agravos em 2024. No período de janeiro a novembro, a Paraíba registrou 781 novos casos de HIV e o mesmo quantitativo de casos de Aids. A divulgação dos dados acende um alerta para a prevenção e marca a abertura da Campanha Dezembro Vermelho, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

O município de João Pessoa lidera a lista de cidades paraibanas com o maior número de casos confirmados, sendo 406 de HIV e 98 de Aids. Campina Grande aparece em seguida, com 52 diagnósticos de HIV e 17 de Aids.

De acordo com a gerente operacional de Condições Crônicas e IST da SES, Ivoneide Lucena “Nós sabemos que muitas pessoas têm o HIV e não sabem que têm porque nunca procuram um serviço para fazer o teste. A gente orienta que, a cada seis meses, as pessoas busquem o serviço para realizar o teste, sobretudo se tiverem se submetido a alguma relação desprotegida, sem o uso de camisinha”, alerta Ivoneide, ao ressaltar que tanto os testes quanto o tratamento são oferecidos gratuitamente à população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na Paraíba, 9.376 pessoas fazem o tratamento antirretroviral, cuja medicação é distribuída em 14 serviços de dispensação, disponíveis nas três macrorregiões de saúde do estado, sendo o Complexo de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga, em João Pessoa, a principal referência da rede.

Segundo a médica infectologista da SES, Júlia Chaves, a adesão à terapia antirretroviral proporciona grandes benefícios individuais, como aumento da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas. Além disso, explica a médica, o tratamento traz a possibilidade de a pessoa com HIV tornar-se indetectável, reduzindo a possibilidade de transmissão do vírus pela via sexual.

Confira o boletim epidemiológico HIV/Aids clicando no link //paraiba.pb.gov.br/diretas/saude/arquivos-1/vigilancia-em-saude/boletim-epidemiologico-de-hiv-aids-1-2024.pdf