Ginecologista alerta sobre câncer de mama por mutações somáticas

Para comemorar o Dia Mundial de Câncer, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançou a publicação Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil. Com exceção do câncer de pele não-melanoma, os tipos de câncer mais frequentes serão os cânceres de próstata (68.220 casos novos) em homens e mama (59.700 mil) em mulheres. Além dos citados, completam a lista dos dez tipos de câncer mais incidentes: cólon e reto (intestino – 36.360), pulmão (31.270), estômago (21.290), colo do útero (16.370), cavidade oral (14.700), sistema nervoso central (11.320), leucemias (10.800) e esôfago (10.970).

Embora os homens também possam ser acometidos, as mulheres são as principais vítimas do câncer de mama. “Existem diversos fatores de risco que podem ajudar a diagnosticar a doença: o histórico familiar, quando a mulher corre um sério risco em desenvolver a doença se dois ou mais parentes de primeiro grau teve ou tem câncer de mama; idade, já que mulheres entre 40 e 69 anos são mais propensas; menstruação precoce; obesidade; colesterol alto; ausência de gravidez; reposição hormonal; entre outros”, explica a Ginecologista e Obstetra Dra. Erica Mantelli.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum em mulheres – a estimativa é de 59 mil novos casos no Brasil em 2018 – e ocorre principalmente naquelas que têm mais de 50 anos e já se encontram na menopausa.  Porém, cerca de 80% dos casos de câncer de mama em mulheres jovens, com idades entre 20 e 35 anos, podem ser causados por mutações somáticas – alterações genéticas nas células da mama que não têm origem hereditária. Foi o que constatou um estudo feito no Centro de Investigação Translacional em Oncologia (LIM 24) do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) com apoio da FAPESP.