Mesmo com a notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Ciro Gomes se encontraram em setembro e fizeram as pazes, interlocutores do petista e do pedetista disseram que eles não chegaram a traçar planos ou estratégias eleitorais conjuntas.
Lula e Ciro se reuniram no mês passado, na sede do Instituto Lula, em São Paulo, e conversaram durante toda a tarde. A necessidade de uma união da esquerda para combater o bolsonarismo foi tratada superficialmente, ainda de acordo com os interlocutores. O encontro, revelado pelo jornal O Globo, foi intermediado pelo governador do Ceará, Camilo Santana, petista e um dos aliados da família Gomes no Estado.
Somente os três participaram da conversa. “Isso sinaliza a necessidade de unidade das esquerdas. Espero que este encontro tenha uma projeção para 2022 e para o segundo turno das eleições deste ano”, afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), secretário-geral da sigla.
A pedido de Lula o encontro estava sendo mantido em sigilo para não melindrar a base petista, que elegeu Ciro como adversário, às vésperas das eleições municipais. A assessoria do petista não quis comentar.