Afastado do cargo de deputado federal, por decisão do ministro Celso de Mello, do STF, o paraibano Wilson Santiago, do PTB, pode sofrer um novo revés, desta vez na instância partidária. O parlamentar é investigado na Operação Pés de Barro, que apura o pagamento de propinas para a execução de obras hídricas em Uiraúna, no Sertão da Paraíba.
O vice-presidente nacional do partido, deputado federal Benito Gama (BA), revelou que a cúpula do PTB, liderada por ele e o presidente Roberto Jefferson (ex-deputado), pretende avaliar a continuidade de Santiago no comando da sigla na Paraíba.
“Combinamos de conversar semana que vem sobre isso. Estou em Brasília e Roberto [Jefferson, presidente nacional do PTB] chega segunda-feira. Vamos discutir esse tema”, afirmou.
De acordo com Gama, a discussão será feita entre a cúpula do PTB, sem a necessidade, a princípio, de uma reunião formal.
O mandato de Santiago terá o seu destino decidido pelos demais deputados na volta dos trabalhos na próxima semana. A expectativa é que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), coloque em votação já no primeiro dia a decisão de manter ou não o afastamento do paraibano.
Desde 2017, a maioria dos ministros do Supremo decidiu que a Câmara e o Senado têm a palavra final sobre medidas cautelares determinadas pela Justiça contra seus respectivos parlamentares.
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