Os professores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram em assembleia realizada nesta quinta-feira (30) que vão manter a greve dos servidores. A paralisação já dura dois meses e 17 dias, provocando atrasos nos períodos letivos da instituição e a entrada de novos alunos. Segundo o sindicato, o fim da greve depende de uma reunião com o governador do estado, Ricardo Coutinho.
O secretário-executivo de planejamento do Governo do Estado, Fábio Maia, disse que todo o problema tem que ser resolvido pela UEPB, pois o estado já repassar um valor fixo para a instituição.
Esta foi a terceira assembleia realizada pela Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb), desde que a greve começou no dia 12 de abril deste ano. Na assembleia, os professores discutiram uma proposta de reajuste salarial apresentada pela reitoria, que pode chegar até 8%. Os professores pretendem levar a proposta para o governo do estado e se ela for aceita, eles dizem que a greve vai ser encerrada.
“Nós esperamos que o Governo do Estado possa nos receber pra que a gente possa colocar na mesa os nossos problemas e encontrar uma solução para que a gente saia dessa greve. Nós temos consciência do prejuízo que a greve traz”, disse o professor Edson Holanda, representante da UEPB. Alguns estudantes acompanharam a assembleia e reclamam dos prejuízos causados pela greve, pendido o fim dela. “Nós temos estudantes que são de fora, de outras cidades, de outros estados e que estão pagando aluguel. As famílias fazem economias para manter esses estudantes, sem ter aula”, disse o estudante Jimmy Felipe.
No dia 14 de maio deste ano, quando a greve já estava deflagrada, 433 professores substitutos tiveram os contratos encerrados. Parte deles fez um acordo com a reitoria para ter um novo contrato e poder retornar a sala de aula.
Ainda sobre a situação dos professores substitutos, o reitor da UEPB, em exercício, Flávio Romero garantiu que eles terão um novo contrato, independente do fim da greve, para aqueles que desejarem voltas as aulas para encerrar o período 2016.2. Nesse caso, as aulas voltariam no dia 10 de julho.
Ainda segundo o reitor, se os professores efetivos não encerrarem a greve até este dia, a UEPB passará a ter dois calendários letivos. Um com as disciplinas ministradas pelos professores substitutos e outro para as disciplinas com professores efetivos.
G1