O consultor financeiro pessoal e economista Rafael Bernardino alertou que a organização prévia é importante, porque o volume de recursos utilizados para honrar os gastos de início de ano é, em geral, superior ao que poderia ser suportado no próprio mês ou no período dos respectivos pagamentos.
“Caso não tenha feito previsão e não haja dinheiro disponível, a saída será fazer as contas com atenção e parcelar o que for possível, observando sempre a incidência dos juros e dando preferência a parcelar o que tiver menor percentual de juros”, recomendou.
Parcelar a conta, portanto, só deve ser opção quando não se tem dinheiro suficiente e a definição do que será parcelado vai depender das condições ofertadas por cada tipo de credor.
“O consumidor deve prestar bem atenção para o fato de que ao parcelar, ele perde o benefício dos descontos oferecidos para o pagamento à vista”, frisou Rafael Bernardino.
No entanto, se a poupança tiver recursos e o percentual de desconto superar o rendimento da caderneta, o consultor recomendou o pagamento à vista.
Bernardino afirmou que se parte do décimo terceiro salário não foi guardado para os gastos previstos, assim como outras fontes, a saída é tentar obter um empréstimo em vez de usar o cartão de crédito, pois os juros do empréstimo costumam ser menores que os do financiamento do cartão. Por isso, ele recomendou um bom planejamento financeiro, que leve em consideração todos os ganhos ou receitas, além das despesas.
“É importante ressaltar que a saúde financeira é tão importante quanto a saúde física e por isso quando ela estiver comprometida é necessário buscar ajuda de profissional especializado”, alertou.