Em meio à discussão sobre o corte de gastos do governo e a polêmica mudança nas aposentadorias, estimativa do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a Previdência gasta R$ 56 bilhões por ano com fraudes e erros.
O estudo foi feito a partir do cruzamento de dados de uma força-tarefa composta pela Secretaria de Previdência, Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e os ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Social.
Após análise de especialistas solicitada pelo próprio TCU, o órgão concluiu que um em cada 10 benefícios é pago ao beneficiário com erros ou fraude.
A necessidade da reforma da Previdência é ressaltada pelo governo federal sob o argumento de que o gasto com o pagamento de aposentadorias é o principal empecilho para a retomada do crescimento da economia.
O problema, segundo os defensores da alteração, é que entra menos dinheiro do que é necessário para fechar a conta no azul. Em 2017, por exemplo, o rombo deve chegar a R$ 185,8 bilhões.
A arrecadação este ano será de R$ 374 bilhões, enquanto as despesas somam R$ 559,8 bilhões. Para o TCU, sem os erros e fraudes, esse déficit poderia ser reduzido em 30%.
Enquanto isso, o governo tem trabalhado para fiscalizar o pagamento de benefícios. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social, o “pente-fino” realizado recentemente já garantiu uma economia anual de R$ 2,6 bilhões.
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