A grande atuação na vitória sobre a Sérvia, na sexta-feira, não se repetiu neste sábado. Diante da jovem equipe da Tailândia, a seleção brasileira feminina de vôlei não se encontrou em quadra. Sem poder de reação diante de um adversário veloz e com uma defesa onipresente, o grupo comandado por José Roberto Guimarães perdeu para o time oriental pela primeira vez na história do Grand Prix. O placar na cidade de Sensai foi definido em apenas três sets (parciais de 25/22, 25/21 e 27/25).
– Parabéns a Tailândia, que fez uma excelente partida. Nós cometemos muitos erros e perdemos a lucidez no jogo em função das combinações de ataque da Tailândia. Nosso saque não foi efetivo e só conseguimos quebrar o passe delas em alguns momentos. A levantadora delas (Tomkom Nootsara) é excepcional e, jogando com a bola na mão, imprimiu muita velocidade. Faltou atitude e lucidez para nosso time – avaliou Zé Roberto.
Essa foi a segunda derrota da seleção brasileira nesta edição do Grand Prix. A primeira foi para a Sérvia, na semana passada, na primeira parada da competição, em Ancara, Turquia. Por enquanto, o Brasil ocupa a quarta colocação na classificação geral, com três vitórias e duas derrotas. Em busca da reabilitação, o time volta à quadra já na madrugada de domingo contra as donas da casa, pela segunda fase da competição. Novamente com transmissão do SporTV 2, a seleção encara o Japão a partir de 1h15 (horário de Brasília).
Diferente do que aconteceu diante das sérvias, as brasileiras não começaram bem e foram para o primeiro tempo obrigatório vendo 8/4 para as oponentes. O set inicial seguiu duro, como mostrou um rali de 43 segundos finalizado com a bola fora da Tailândia, já na frente com 12/9 no marcador. Mostrando irregularidade, o Brasil chegou a igualar em 21, mas não conseguiu a virada e perdeu a primeira parcial por 25/22.
Sem um bloqueio alto, o selecionado tailandês compensava com uma defesa espetacular e um rapidíssimo contra-ataque. Destaque no triunfo sobre as sérvias, Natália (e o restante do time nacional) não reeditava a atuação anterior, e as rivais aproveitaram, abrindo 6/0. Apático, o Brasil não se achava no jogo e dava armas para as adversárias seguirem mandando. Um bloqueio simples de Pleumjit Thinkaow fez o placar subir para 16/10. Com o panorama sombrio, as brasileiras tentaram na base da força, mas muito pouco para superar as elétricas tailandesas, que levaram também o segundo set (25/21).
A seleção estava irreconhecíveil e foi para o tudo ou nada na terceira parcial. Até conseguiu passar à frente, indo para a parada técnica com 8/7 a favor após três erros consecutivos das adversárias. A reação, no entanto, não durou muito, pois novamente a Tailândia tomou a dianteira (12/10). Na base da paciência, as meninas brasileiras apertaram o ritmo e chegaram a virar novamente (19/18). Porém apenas adiaram o revés, selado com o auxílio do tira-teima após uma bola para fora ter tocado em Tandara (29/27).
O Brasil começou a partida com Roberta, Natália, Adenizia, Tandara, Rosamaria, Bia e a líbero Gabi. Entraram também Amanda, Monique, Naiane, Drussyla e Carol. Com quatro pontos, Drussyla foi a maior pontuadora do Brasil, o que mostra o pequeno poder de fogo da equipe dirigida por José Roberto Guimarães. Pela Tailândia, o destaque maior foi de Pleumjit Thinkaow e Ajcharaporn Kongyot, ambas com 10 pontos.
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