Uma funcionária pública de 23 anos matou a pauladas o próprio pai, um pedreiro de 49 anos, durante uma briga em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite de sábado (5). A jovem foi presa em flagrante por homicídio.
Segundo a Polícia Civil, o pedreiro João Francisco de Pinho procurou a filha, Tamires Menezes de Pinho, na casa dela na Rua Wilson de Oliveira, no bairro Melvi. Ele queria buscar o filho caçula, que estava na companhia da irmã.
O garoto estava com Tamires uma vez que a mãe deles havia sido agredida por João um dia antes. A mulher registrou um boletim de ocorrência de violência doméstica, denunciando o marido, na manhã de sábado, antes do homicídio.
A servidora não permitiu que o pedreiro entrasse na casa. Ele então a ameaçou com um facão que trazia em um bicicleta. A jovem foi defendida por outros dois irmãos, também filhos de João Francisco, que começaram a lutar com o pai.
Os três conseguiram desarmá-lo. Entretanto, João aplicou um golpe de “gravata” no filho do meio, o marceneiro Fabrício Menezes Pinho, de 22 anos. Os dois caíram no chão e, em seguida, Tamires apareceu com um pedaço de madeira.
Segundo o delegado Alexandre Comin, a jovem golpeou a cabeça do pai ao menos seis vezes. Em certo momento, já com o pedreiro inconsciente, o filho conseguiu se desvencilhar dos braços dele e segurou a irmã para que ela parasse as agressões.
João Francisco morreu no asfalto em frente à casa de Tamires. Foi ela quem acionou a Polícia Militar, via telefone 190, admitindo que havia matado o próprio pai. Equipes foram até o local e a detiveram em flagrante, junto com os irmãos.
Na Delegacia Sede da cidade, Comin não entendeu que o crime poderia se enquadrar em legítima defesa. “Houve uma desproporção da indiciada com o que estava acontecendo. Mesmo após o irmão ser solto, ela continuou batendo no pai”, afirmou.
O corpo de João Francisco foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande. Tamires foi levada à cadeia pública feminina da região e os irmãos dela, envolvidos na briga, foram enquadrados como testemunhas do crime.
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Com G1