No Brasil, estima-se que a prevalência de asma seja em torno de 10% da população, sendo que os casos de asma grave estão entre 5 a 10% do total dessa prevalência. Em 2008 a asma foi a 3ª causa de internação hospitalar pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações ao ano. É para atender ainda melhor este público e evitar agravamento da doença, que o Ministério da Saúde, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), abriu consulta pública para avaliar a incorporação do medicamento omalizumabe. Ele é indicado para tratamento da asma alérgica grave em pacientes que não conseguiram o controle da doença apesar do tratamento preconizado.
A avaliação da Comissão, discutida, de forma preliminar em agosto desse ano, buscou evidências sobre a eficácia e segurança do omalizumabe como terapia adicional ao tratamento medicamentoso padrão para pacientes com a forma alérgica grave não controlada da doença, mesmo depois de fazer uso do corticoide inalatório associado a um beta-2 agonista de longa duração. A avaliação preliminar pela Comissão não encontrou evidências científicas suficientes para justificar a incorporação do medicamento. Agora o tema segue para a consulta pública, para receber as contribuições da sociedade. Estima-se que a incorporação do medicamento omalizumabe, de acordo com análise de impacto orçamentário, tenha um custo de R$ 70 a R$ 78 milhões no primeiro ano e R$ 486 a R$ 529 milhões aos cinco anos. Essa variação nos custos ocorre porque não se sabe exatamente quantas pessoas irão utilizar o medicamento.
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Com Ministério da Saúde