Paraíba tem 1.548 registros de casos graves de sindrome respiratoria

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta segunda-feira (5), o Boletim Epidemiológico semanal de síndromes respiratórias, com dados atualizados dos agravos no estado. A publicação aponta que, até o dia 3 de junho, a Paraíba totaliza 1.548 registros de casos graves, distribuídos em 163 dos 223 municípios paraibanos,

Dos casos de síndrome respiratória registrados até o dia 3 de junho de 2023, observa-se 547 resultados detectáveis para Influenza A, Influenza B, Adenovirus, Rinovírus, Parainfluenza ou vírus Sincicial. O documento aponta a predominância de vírus Sincicial na faixa etária que compreende crianças menores de 1 ano, com 67,04% do total de casos para este agravo. Os idosos a partir de 60 anos concentraram a maioria dos casos de Influenza A, com 31,15% dos casos confirmados para doença nesta faixa etária.

O mapa de incidência das síndromes respiratórias na Paraíba aponta a predominância dos agravos na região da grande João Pessoa e do município de Monteiro. O resultado pode estar relacionado ao maior número de testagens nessas regiões, portanto reforça-se a importância da coleta para entendimento da circulação viral nos territórios paraibanos.

O boletim aponta ainda que os vírus Sincicial (VRS), Influenza B e Influenza A seguem com maior percentual de identificação. Até o momento, 39 vidas foram perdidas para as síndromes respiratórias não covid. Deste total, 20 tinham entre três dias e 9 anos de idade e ocorreram nos municípios de Alagoa Grande (1), Cabedelo (1), Conde (1), Cuité de Mamanguape (1), João Pessoa (4), Monteiro (2), Quixaba (1), Santa Luzia (1), Santa Rita (1), São José da Lagoa Tapada (1), Sapé (2), Solânea (1), Sousa (2) e Tacima (1). No momento, a Paraíba possui dois óbitos em investigação, ambos em crianças.

O secretário de Saúde, Jhony Bezerra, explica que um dos objetivos do monitoramento dos casos hospitalizados com SRAG é identificar e acompanhar a demanda de casos e da letalidade para avaliar a assistência ofertada para recomendar as medidas necessárias. Ele afirma que, na Paraíba, o registro dos casos suspeitos de SRAG deve ser realizado por todos os estabelecimentos de saúde que atendem os pacientes hospitalizados e alerta que este é o período sazonal para vírus respiratórios.

“Mantemos a observação dos casos e o mapeamento de incidência das síndromes respiratórias para poder oferecer o atendimento necessário aos pacientes. Destacamos a importância da população realizar a etiqueta respiratória e manter o cartão vacinal atualizado com a vacina contra Influenza, que previne contra tipo A e B, e da vacina contra Covid-19. A imunização é o meio mais seguro de proteger da forma grave da doença”, pontua.

Jhony Bezerra lembra que os municípios estão abastecidos e vêm lançando mão de estratégias para melhorar o acesso da população aos imunizantes. “Nós estamos constantemente fazendo esse chamamento para que possamos salvar mais vidas. As vacinas são seguras e podem proteger a parcela mais vulnerável da população que são as crianças e os idosos”, finaliza o secretário.

Até o momento, a vacinação contra influenza atingiu 75,01% de cobertura nos públicos prioritários. O público infantil (crianças de 6 meses a menores de 6 anos) registrou a aplicação de 220.453 doses e tem cobertura de 70,6% do público alvo, que é de 312.277 crianças. Apesar dos números estarem subindo, ainda é preciso uma grande parte da população ser vacinada, para atingir a meta de 95% de vacinação contra a gripe.