Obesidade pode afetar qualidade dos espermatozoides, indica estudo

Quando o casal decide que já está hora de aumentar a família e tentam, sem sucesso, a gravidez por um determinado tempo, a preocupação aparece e alguns questionamentos começam a ser feitos: O que estará errado? Quem será o responsável pelas falhas nas tentativas de engravidar? Quem é o “problemático” do casal?

Os fatores de risco para infertilidade são inúmeros podendo afetar homens e mulheres, entre os principais estão problemas nos órgãos reprodutores, idade, doenças sexualmente transmissíveis, peso e tabagismo.

Porém, quando isso se torna um sufoco entre os casais, as mulheres passam a receber diversos conselhos sobre como mudar seu estilo de vida para aumentar suas chances de engravidar, mas é importante começar a focar também na saúde dos homens.

De acordo com uma nova pesquisa, a obesidade pode afetar negativamente os espermatozoides e, consequentemente, tornar mais difícil o sonho da gravidez. O relatório, publicado na revista “Andrologia“, é o primeiro estudo sobre parâmetros anormais de esperma em homens obesos.

Para investigação, os pesquisadores compararam o esperma de 1.285 homens usando um software de computador especializado para determinar como o peso pode afetar a contagem e a qualidade do sêmen.

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Os resultados mostraram que a obesidade estava relacionado a um menor volume de sêmen, a contagem de esperma, a concentração, a motilidade e outros problemas nos espermas.

“A saúde e o desempenho reprodutivo de espermatozoides de homens obesos são mais susceptíveis de serem comprometidos tanto qualitativa quanto quantitativamente”, afirma Gottumukkala Ramaraju, principal autor do estudo.

“Os resultados do nosso conjunto de dados atual sugerem que os esforços focados na perda de peso masculino antes da concepção são garantidos para os casais que procuram tratamento de infertilidade”, completou o pesquisador.

Obesidade x Infertilidade

Estudos anteriores já haviam constatado que o excesso de peso pode afetar a fertilidade de uma mulher, atingindo a ovulação, mas essa evidência de que a obesidade também pode prejudicar o esperma masculino é algo novo.

Além disso, um estudo que será apresentado na 93ª Reunião Anual da Sociedade de Endocrinologia, em Boston (EUA), indicou que mulheres que ganharam muito peso durante a gestação tendem a ter recém-nascidos com quantidade de gordura corporal elevada, aumentando as chances de obesidade na infância. A pesquisa revela ainda que a probabilidade independe do peso da mãe antes da gravidez.

Essa pesquisa foi baseada no acompanhamento de 56 mães, sendo que 31 delas haviam ganhado peso regular durante a gestação e 25, peso excessivo. Segundo o Instituto de Medicina dos Estados Unidos, o normal é que a gestante de um único filho ganhe de 11 a 15 quilos; gestantes com sobrepeso, 7 a 11 e obesas, 5 a 9 quilos.

Segundo os resultados da pesquisa, mulheres obesas antes da gravidez apresentaram 70% de chance de exceder o ganho de peso durante a gestação. Independente do peso pré-gravidez, todas as que excederam o ganho recomendado tiveram bebês acima do peso ideal.

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