O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita como integrantes da “organização criminosa” responsável por desviar recursos por meio de cargos e indicações membros do PMDB, do PT e do PP. Porém apenas dois membros do PP são citados nominalmente na denúncia, o presidente do partido e o líder da sigla na Câmara à época em que as operações irregulares foram realizadas: Ciro Nogueira e o paraibano Aguinaldo Ribeiro.
“Os integrantes, com exceção dos membros do PT, que outrora fizeram parte da organização se uniram novamente em torno dos mesmos interesses espúrios que motivaram à aliança firmada com o governo de Lula e Dilma [Rousseff]. Nesse sentido, o novo núcleo político da organização criminosa negociou com o PP a Presidência da Caixa Econômica Federal, o Ministério da Agricultura e o Ministério da Saúde, tendo os nomes para os cargos sido indicados por Ciro Nogueira e Aguinaldo Ribeiro, ambos membros da organização criminosa e, respectivamente, Presidente e Líder do Partido na Câmara à época”, relata Janot.
A denúncia de Janot, a segunda contra o presidente Michel Temer, teve como alvos Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco e foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (14). Os empresários Joesley Batista e o ex-diretor do Grupo J&F, Rodrigo Saud, também foram denunciados. Os membros do PP citados, no entanto, não aparecem entre os possíveis réus do processo. As informações são do Bahia Notícias.
Manoel Junior
O nome do vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PMDB), é citado nove vezes no texto da denúncia do procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer (PMDB).
Outras oito pessoas são alvos da mesma denúncia (dois ministros, dois ex-ministros, dois ex-deputados, um empresário e um executivo). De acordo com o procurador, os políticos denunciados arrecadaram mais de R$ 587 milhões em propina.
Fonte: ParaíbaJá