Operação apura furtos em contas bancárias na PB, DF e mais 4 estados

Golpe é aplicado em vários estados do Brasil (Foto: Imagem ilustrativa | Arquivo/Portal Correio)

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quinta-feira (6), a Operação XCoderX, para investigar um esquema de furto de valores depositados em contas bancárias. Foram cumpridos 50 mandados judiciais —prisões, busca e apreensões e sequestros de bens — no próprio Distrito Federal e nos estados da Paraíba, Bahia, Ceará, São Paulo e Santa Catarina. O balanço das ações será divulgado à tarde.

Segundo a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, após prender dois indivíduos diretamente ligados à receptação de R$ 4 mil provenientes de uma conta do Distrito Federal, a equipe de investigação identificou outros criminosos responsáveis por coordenar um esquema interestadual de subtração de valores depositados em contas de residentes de diversos estados. Os furtos eram realizados por organização criminosa com um esquema bem organizado e divisão de tarefas.

“Para realizarem as fraudes, os criminosos ligavam para as vítimas utilizando um recurso tecnológico que fazia aparecer no identificador de chamada o número do telefone oficial de um banco tradicional do Distrito Federal. Durante as ligações, os criminosos se passavam por funcionários do banco e questionavam as vítimas sobre transações bancárias suspeitas. Iludidas pela forma como se davam as ligações, as vítimas acabavam digitando os números de suas contas e as senhas no teclado de seus telefones, sendo que tais dados eram capturados pelos criminosos”, explica o delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliani.

As apurações da Operação XCoderX ainda verificaram que as vítimas eram orientadas a irem até um caixa eletrônico para gerar um QR Code — que deveria ser enviado para os criminosos por meio do aplicativo Whatsapp. De posse desses dados— número da conta, senha e QR Code—, os criminosos baixavam e instalavam um aplicativo do banco em seus telefones e passavam a realizar uma série de saques e transferências na conta da vítima.

No total, foram identificadas 37 vítimas com contas bancárias no Distrito Federal, sendo que o prejuízo causado pela referida organização criminosa foi inicialmente calculado em R$ 1,1 milhão. “Tal valor pode aumentar se forem somadas as vítimas de outros estados”, acrescenta Zuliani.

Os suspeitos irão responder pelos crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que poderão chegar a 10 anos de reclusão.

Fonte: Portal Correio