UEPB promove 14ª edição do folkcomunicação na introdução da Cultura e educação

Foto: Rayssa Daniele

Luiz Beltrão, ao criar o termo “Folkcomunicação” se inspirou bastante nos folclores do Nordeste e na Comunicação dos marginalizados que não possuíam acesso aos grandes veículos de comunicação e que não tinham nenhuma possibilidade de externar suas ideias diante do mundo. Segundo a teoria de Luiz Beltrão, a folkcomunicação é a Comunicação feita pelo povo e para o povo.

Foi dentro desse contexto de temas que foi realizado o 14º seminário Os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação. Realizado entre os dias 27 e 29 de Setembro e promovido pelo departamento de Jornalismo e Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), o evento teve como tema “A pedagogia da folkcomunicação e da cultura popular”.

“Estamos trabalhando para dar uma melhor visibilidade dessa teoria que nos ajuda enquanto profissionais da comunicação”, afirmou o Professor Luiz Custodio, um dos organizadores do evento. O professor acrescentou que as redes estão incorporando, cada vez mais, tudo o que envolve a folkcomunicação.

No final, ele citou a EMATER, como exemplo de empresa que usa bastante as manifestações da folkcomunicação nos seus projetos de disseminar técnica e ciência.


O Professor afirma que Beltrão classifica folkcomunicação a comunicação de que estava à margem da sociedade, não ter acesso aos meios.

Custódio ressaltou também que a folkcomunicação possui princípios pedagógicos, os quais nos levam a pensar e refletir sobre vários cenários que exercem um importante papel em educar a sociedade para estes tipos de manifestações.

Um exemplo da Folkcomunicação é o cordel. E a Professora de Literatura da Rede Estadual de Ensino, Ione Severo, que também é folheteira, afirmou que criou a Cordelteca Leandro Gomes de Barros com objetivo de incentivar a leitura do cordel.

Ao longo do evento, foram realizadas várias mesas redondas. A Professora da UEPB, Ingrid Fechine, falou sobre a mesa que tinha como tema “mestres do saber e da memória”. “O tema é desenvolvido em trabalho acadêmico com comunidade, com foco principal com as rendeiras da Paraíba”, explicou.

O graduando em Comunicação Social- Habilitação em Jornalismo, pela a Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, Marcelo Antônio, reconheceu a importância do evento na contribuição para o seu conhecido acadêmico. Destacou a oficina de Mídias Digitais como primordial para a iniciação do seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Esse evento, promovido pelas instituições acadêmicas, propõe certificado de participação, o qual serve para o complemento das horas extras que o graduando precisa atingir. A Professora Ada Guedes, que também contribuiu na organização do evento, confirmou a emissão dos certificados e fez uma avaliação positiva da 14ª edição do evento.

Uma das oficinas ofertadas foi “Produção de conteúdo nas redes” ministrada pela jornalista Skarllety Fernandes, que afirmou que o público não era apenas alunos de jornalismo em formação, mas também todos os profissionais da área.

E para tudo funcionar, não poderia faltar a contribuição dos alunos. Igor Batista, estudante de Jornalismo, é exemplo. Como auxiliar de Skarllety Fernandes, o estudante destacou a importância de ser voluntário.

Equipe de Reportagem:

Repórter: Wandri Tadeus

Redação: Yasnaya Delly

Fotos: Rayssa Daniele